Antonio Grandío Dopico: “Hay que optimizar las posibilidades conjuntas de Galicia y Portugal”

“Es fundamental y un ejercicio muy sencillo aprender portugués para los gallegos. Nos pone en contacto directo con trescientos millones de personas […]. Aprender portugués para los gallegos es un ejercicio muy sencillo que habría que plantearse. Eso nos pone en contacto directo con 300 millones de personas. Gracias a Portugal, podemos tender la mano a Angola o a Brasil. Las posibilidades son inmensas.”

Cf. El Correo Gallego

As universidades que integram o Centro de Estudos Euro-regionais Galiza-Norte de Portugal (CEER), nas quais se inclui a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, do Porto, Minho, Vigo, Corunha, Santiago de Compostela e o Instituto Politécnico do Porto, viram um projeto para melhoria na cooperação universitária, em termos de inclusão social e mobilidade, ser aprovado pela Comissão Europeia

«O Projeto “B-solutions” tem como objetivo central a eliminação de barreiras e obstáculos administrativos no sistema universitário da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, segundo notícia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Em concreto, o que se pretende é pôr termo às barreiras à mobilidade de pessoas com diversidade funcional. Para isso, o projeto prevê a análise dos principais impedimentos, fomentando a inclusão e a mobilidade, ao mesmo tempo que antecipa potenciais vias e mecanismos de solução.

O desenvolvimento do projeto, irá permitir que alunado, docentes, pessoal da administração e serviços, tenham maior facilidade em realizar estadias e deslocações a instituições do outro lado da fronteira, promovendo novas possibilidades de cooperação e garantindo os direitos das pessoas com diversidade funcional […]».

Cf. Portal Galego da Língua

Ana Pontón: “O português deve ser umha matéria a ofertar de maneira obrigatória em todos os centros”

Cf. Portal Galego da Língua

[…] De chegar à presidência da Junta, como pensa desenvolver a Lei Paz Andrade?

Em primeiro lugar dotando a lei de orçamento. Ao longo destes anos o governo do Partido Popular nom dotou de recursos económicos a Lei Paz Andrade e isso fijo, junto com a falta de impulso político, que o seu cumprimento e desenvolvimento fosse pírrico em todos os ámbitos. Aí estám os dados de alunado que estuda português no nosso país depois de seis anos da aprovaçom da lei para o corroborar. Para o BNG há dous planos fundamentais sobre os que atuar. Em primeiro lugar, o ámbito educativo através da convocatória de vagas de português com caráter progressivo e continuo nas ofertas públicas de emprego que permitam criar um corpo docente estável, igual que acontece noutras línguas. E em segundo lugar, a política exterior. Galiza tem que impulsionar de maneira formal e séria a sua candidatura para se incorporar à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Contempla avanços concretos para a introduçom do português no ensino formal?

Com certeza, achamos que é o alicerce fundamental para o cumprimento e desenvolvimento da Lei Paz Andrade.   É inadmisível o que estivo a acontecer nestes anos, que dependa do voluntarismo do professorado, especialmente de galego, que se oferte ou nom a matéria nos centros educativos. No programa eleitoral do BNG, já em 2016 e de novo nestas eleiçons de 2020, incluímos que o português deve ser umha matéria a ofertar de maneira obrigatória em todos os centros e o Governo galego deve impulsionar campanhas de difusom e promoçom da aprendizagem entre as ANPAs e o alunado para estimular as matrículas ou, quando menos, dar a conhecer a possibilidade de estudar português, algo que nom fijo o Partido Popular em todos estes anos.

Considera avançar para a integraçom oficial na CPLP?

Para o BNG a incorporaçom da Galiza à CPLP é umha questom estratégica nom só do ponto de vista linguístico e cultural –que também– mas político-diplomático, comercial e económico. A lusofonia abre ao nosso país imensas possibilidades, este é um fator fundamental a desenvolver da Lei Paz Andrade. Mas para isso é preciso desenhar umha política de açom exterior galega, própria, e ter um governo decidido a situar o nosso país no seu espaço natural, sem intermediaçons. Para isso, no BNG acreditamos que é fundamental constituír um grupo de trabalho multidisciplinar encarregado de traçar umha folha de rota clara e ambiciosa sobre os objetivos e potencialidades de Galiza no seo da CPLP.

Um grupo que deve liderar a Xunta (com todos os seus departamentos) mas do que tenhem que participar outros agentes, entidades, coletivos, instituiçons e organizaçons suscetíveis de contribuír ao desenho desse projeto estratégico. Que oportunidades abre para o setor pesqueiro galego a entrada de Galiza à CPLP? De que maneira podemos aproveitar essas oportunidades? Com que objetivos vamos trabalhar? E o mais importante, de que maneira devemos trabalhar para ter éxito? Ponho o exemplo pesqueiro por dizer um, porém, há muitos mais. Essas som algumhas das perguntas para as que devemos ter respostas antes mesmo de incorporar-nos à CPLP. Isso exige planificaçom estratégica e umha folha de rota clara.

Avançará-se para a emissom das televisons portuguesas na Galiza?

É o nosso compromisso e nom é novo. O BNG defendeu em reiteradas ocasons no Congreso espanhol esta questom, pois depende do governo central a sua regulaçom. Neste sentido, no acordo de investidura arrincado polo BNG inclui-se como ponto específico a receçom na Galiza das rádios e televisons de Portugal. Mas no referido ao ámbito comunicativo e de criación cultural é preciso ir além disso e promover umha política cultural que tenha a lusofonía –nom apenas Portugal– mui presente como umha oportunidade para tecer sinergias entre criadoras e criadores, temos ademais exemplos ben interessantes das imensas possibilidades que existem como o Ari[t]mar e Cantos na Maré ou co-produçons participadas pola CRTVG. Isso também contribuirá ao processo de normalizaçom da língua galega, a rachar estereotipos, prejuízos sobre nós mesmas. O galego conécta-nos com mais de 200 milhóns de pessoas em todo o mundo e isso evidência que Galiza é centro, nom periferia.

Que opina da proposta reintegracionista de avançar para um modelo binormatista? Em que medida e prazos pensa que se poderia concretar?

O BNG nom tem umha posiçom adotada ao respeito.

Como valora a homenagem a Carvalho Calero este ano, pensa que pode servir-nos para reconsiderar a orientaçom da língua?

O reconhecimento a Carvalho Calero em 2020 é um ato de justiza. Resulta bastante incomprensível que nom tivesse acontecido antes, sem desmerecer em nenhum caso as demais pessoas homenageadas. Carvalho foi reconhecido como Filho Ilustre de Galiza no Parlamento galego, instituiçom que, por certo, custodia a sua biblioteca e arquivo pessoal graças ao ingente trabalho da companheira e professora Pilar García Negro. Acho que este 2020 é umha oportunidade de ouro para conhecer e reconhecer a sua figura, a sua obra e o o seu pensamento, também a respeito da língua.

[Este questionário foi respostado por escrito na normativa da RAG e adaptado ortograficamente para o reintegrado polo PGL]

Cf. Portal Galego da Língua

Galiza e Portugal, a fronteira do idioma | Enrique Sáez

galiza lusofona

«[…] O portugués deriva do antigo galego, mal que lle pese a algúns en Portugal, e aínda son linguas moi similares. Os que falamos galego e tivemos que traballar en países lusófonos sabemos que, en poucos días, comezamos a comunicamos con naturalidade, aínda que chegar a escribir o portugués custe algo máis (felizmente temos correctores de texto), e no mundo dos negocios falar o idioma do outro é unha enorme vantaxe. Pola súa parte, a xente nova formada en galego, cando viaxa, descobre que se comunica ben, por exemplo, cos brasileiros e os caboverdianos.

Sería fácil e tería moi pouco custo que en Galiza os estudantes saísen da formación escolar cun bo nivel de portugués, como unha curta derivación do estudo do galego. Falarían un idioma oficial da Unión Europea que ten máis usuarios que o francés, o alemán ou o ruso. Mais iso choca con obstáculos mentais (o idioma internacional de España é o castelán) e institucionais. Dentro do ríxido esquema normativo da educación, o portugués non é “lingua propia”, é “lingua estranxeira” e aprendela non é cousa de seis meses senón de cinco anos, o que xustifica moitas horas de profesores cualificados. Aínda que, para os galegos, o idioma luso sexa algo así como “semipropio”. Que mala sorte!, unha categoría inexistente.

Por culpa de rixideces inmateriais Galicia desperdicia a mellor e máis barata oportunidade que ten para ser máis internacional e competitiva.

[…] Este tema vai ser central en Galiza neste 2020 que chega con eleccións autonómicas e que foi dedicado pola Real Academia Galega ao profesor Ricardo Carvalho Calero, quen en vida defendeu a aproximación entre o galego e o portugués. Se conseguimos avanzar por ese camiño, evitaremos a perda de galegofalantes, teremos máis xente coa que compartillar ideas y sentimentos e seremos máis eficaces comprando e vendendo polo mundo adiante […].»

Cf. Orixinal en castelán: “Galicia y Portugal, la frontera del idioma”.