Iria Taibo: “A liberdade (real) de escolha é muito importante, e o sentido prático também”
«Estamos a realizar ao longo de todo o ano, umha série de entrevistas a diferentes agentes sociais para darem-nos a sua avaliaçom a respeito do processo, e também abrir possíveis novas vias de intervençom de cara o futuro. Desta volta entrevistamos iria taibo, tradutora, intérprete e ativista da Mesa.
[…] Que haveria que mudar a partir de agora para tentar minimizar e reverter a perda de falantes?
Podem fazer-se muitas coisas, mas acho que se não há um apoio muito mais claro por parte das instituições é bastante difícil que nada mude. Desde a promoção do galego nas novas plataformas onde a mocidade toda está a participar até os retrocessos que é fácil detetar em partes muito importantes da própria administração (nomeadamente, a educação e a saúde, na minha opinião), as iniciativas pessoais e privadas de todo tipo são muito positivas e imprescindíveis, mas para mim é impossível que haja mudanças reais sem essa liderança do público.
Desde a iniciativa social, continuaria com o apoio a iniciativas muito transformadoras que existem, particularmente de valorização e de divulgação de espaços de presença prática do galego.
Achas que seria possível que a nossa língua tivesse duas normas oficiais, uma similar à atual e outra ligada com as suas variedades internacionais?
Sem dúvida. A liberdade (real) de escolha é muito importante, e o sentido prático também. Daria a bem-vinda a qualquer elemento que ajude e some.»
Source: Iria Taibo: “A liberdade (real) de escolha é muito importante, e o sentido prático também”
Da Lei Paz Andrade à Casa da Lusofonia
«A Deputación de Ourense, da man da Associação Impulsora Casa da Lusofonia , están a traballar para que a cidade das Burgas sexa sede dunha Casa da Lusofonía, dentro da rede de casas internacionais do Estado español. Trátase dunha nova iniciativa, sete anos despois da aprobación da Lei Paz Andrade en Galicia, para ter unha maior presenza no mercado económico, social e cultural do mundo lusófono, sacándolle todo o proveito ao potencial da lingua galega como lingua extensa , útil e claramente internacional.
Sobre todos os pasos dados neste sentido nos últimos anos, falamos co presidente da Deputación de Ourense, José Manuel Baltar Blanco; co secretario xeral da Associação Impulsora Casa da Lusofonia e portavoz para a defensa da ILP Paz Andrade no Parlamento Galego no 2013, Xosé Carlos Morell; o director do Instituto Galego de Análise e Documentación Internacional (IGADI), Daniel González Palau; e a escritora, psicóloga e integrante da Comissão Executiva do Patronato da Fundação Academia Galega da Língua Portugesa, Concha Rousia.»
Cf. NÓS televisión
Diálogos Gallaecia 2021
Debate sobre o binormativismo do galego
No decurso de 2020 aconteceu um debate na imprensa sobre a pertinência de o galego possuir duas normas oficiais, a local (também chamada de nacional, “oficial”, institucional, etc), estabelecida e defendida pela Real Academia Galega, e a internacional (também chamada de internacional, histórica, lusista, etc), defendida pela Associaçom Galega da Língua. O presidente da AGAL, Eduardo Maragoto, e o secretário da RAG, Henrique Monteagudo, protagonizaram um interessante intercâmbio de ideias ao respeito:

Eduardo Maragoto: Carta aberta ao académico Henrique Monteagudo
Henrique Monteagudo: Resposta a Eduardo Maragoto
EM: Continuemos: “binormativismo” ou “reconhecimento oficial do português”?

Ganhar a vida em galego (II)
«A proposta consiste em usar a Eurorregiom para ir muito mais além de um quadro de facilitaçom do “comércio externo” das empresas. Usá-la como umha unidade política transversal aos Estados, superando divisões estatais rígidas. A sobrevivência da nossa língua e cultura na Galiza vai de mãos dadas com a recuperaçom do espaço atlântico como plataforma económica e política, para o nosso progresso.
Trata-se de des-estrangeirar a Galiza em Portugal e Portugal na Galiza. Para nos misturarmos em todos os níveis: pessoal, laboral, legal, comercial, produtivo… Promover massivamente o movimento de pessoas no espaço atlântico, tirando partido da nossa língua comum “Galego ou Português” (GP). Agora está promovido só com Madrid. […]».
Ler mais no Portal Galego da Língua
Ganhar a vida em galego. E o futuro

«Observamos com consternaçom o abandono do galego, o corte na transmissom intergeracional que se vai mostrando cada vez maior, inquérito após inquérito. E a causa principal para pais e maes preferirem as crianças falando castelhano em vez de galego é, estudos apontam, terem a percepçom de ser impossível “ganhar a vida” com a nossa língua.
E com certeza, nom se negará, ganhar a vida num emprego, com produçom primária, com um negócio, como quer que seja… é tarefa quase impossível na nossa língua. O nosso espaço económico está marcado num quadro definido polo Estado, que estabelece umha “unidade económica” ou “unidade de mercado” cuja língua oficial de relacionamento é, tem que ser, o “castelhano ou espanhol”. É aplicada com firmeza como veículo de comunicaçom para trânsito e relações comerciais, laborais, administrativas, legais, empresariais, profissionais… […]»
Ler mais no Portal Galego da Língua
Antonio Grandío Dopico: “Hay que optimizar las posibilidades conjuntas de Galicia y Portugal”
As universidades que integram o Centro de Estudos Euro-regionais Galiza-Norte de Portugal (CEER), nas quais se inclui a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, do Porto, Minho, Vigo, Corunha, Santiago de Compostela e o Instituto Politécnico do Porto, viram um projeto para melhoria na cooperação universitária, em termos de inclusão social e mobilidade, ser aprovado pela Comissão Europeia

«O Projeto “B-solutions” tem como objetivo central a eliminação de barreiras e obstáculos administrativos no sistema universitário da Euro-região Galiza-Norte de Portugal, segundo notícia da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Em concreto, o que se pretende é pôr termo às barreiras à mobilidade de pessoas com diversidade funcional. Para isso, o projeto prevê a análise dos principais impedimentos, fomentando a inclusão e a mobilidade, ao mesmo tempo que antecipa potenciais vias e mecanismos de solução.
O desenvolvimento do projeto, irá permitir que alunado, docentes, pessoal da administração e serviços, tenham maior facilidade em realizar estadias e deslocações a instituições do outro lado da fronteira, promovendo novas possibilidades de cooperação e garantindo os direitos das pessoas com diversidade funcional […]».