O portugués desde o galego segundo a AGAL

«Partindo do galego que estudaste na escola e sem deter-se muito em exceções nem em formas particulares (para isso estám o Estraviz e o seu Conjugador), em apenas 26 minutos os professores Valentim Fagim, Alba Soneira, Antia Cortiças, Íria Taibo, Jon Amil e o Eduardo Maragoto vam dar-che as regras ortográficas mais úteis para dares os teus primeiros passos a escrever em galego reintegrado.»

Cf. AGAL

O grande potencial do português e do espanhol no mundo

portugal e brasil

«[…] Atualmente existem quase 200 milhões de luso-falantes no mundo, mas a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que para o ano 2050 será alcançado o total de 400 milhões de pessoas, sendo a África o continente que concentrará o maior número de falantes de língua portuguesa devido ao crescimento demográfico de países como Angola e Moçambique[…].

Em seu conjunto, a comunidade de falantes de espanhol e português abrangerá mais de 30 países em 4 continentes (21 países de língua espanhola e 9 de língua portuguesa). E no caso específico da Ibero-América, trata-se de um “espaço cultural compartilhado no qual existe uma consciência de irmandade histórica e cultural”[…].

Cf.: Proximidade linguística: o grande potencial do espanhol e do português no mundo – Somos Iberoamérica / Somos Ibero-América

Qual é a origem da língua portuguesa?

O português vem do galego?

«[…] Enfim: todos nós que dizemos falar português e todos os que dizem falar galego falamos qualquer coisa que teve origem nos falares da Galécia, ali no noroeste da Península. Durante séculos, o latim trazido pelos soldados e colonos romanos e adquirido por toda a população foi sofrendo transformações — não as podemos ver em tempo real, porque ninguém as registava ou escrevia, mas, muitos séculos depois, quando finalmente a língua começou a ser escrita, havia nesse território uma língua já formada, com verbos próprios, com formas próprias, com características que a identificam e a distinguem das outras línguas em redor.

O que chamavam as pessoas a essa língua que já era, em muitos aspectos, a nossa? Não lhe chamavam nem galego nem português: chamavam-lhe linguagem, com toda a probabilidade. Era a língua do povo. Nós, agora, olhando para trás, podemos chamar-lhe «português», o que não deixa de ser anacrónico, ou «galego», o que não deixa de assustar algumas almas mais sensíveis, ou «galego-português», para agradar a gregos e a troianos (como se esses fossem para aqui chamados). Na escrita, durante todos esses séculos do primeiro milénio, o latim continuou rei e senhor.

Quando Portugal se tornou independente, começámos a usar a língua que existia no território, que era ainda apenas o Norte. Não a escolhemos de imediato, pois nos primeiros tempos o latim ainda foi a língua oficial. Mas, devagar, a língua que era de facto falada começou a infiltrar-se nos textos escritos, às vezes de forma imperceptível, outras vezes de forma mais clara. Continuar lendo “Qual é a origem da língua portuguesa?”

Galícia, o irmão gêmeo distante do português

Rafael Scapella: «ERRATA. A maior cidade da Galícia é Vigo e não Santiago de Compostela. Essa é a Galiza ou Galícia, uma comunidade autônoma da Espanha, onde além do espanhol se fala o galego, uma língua irmã do português. O idioma falado aqui, o galego é quase perfeitamente entendido por falantes do português. De fato, há até linguistas que argumentam que o galego e o português deveriam ser classificados como variedades do mesmo idioma e não como línguas distintas.»

Manual Escolar português usa referência bibliográfica galega

O manual da Porto Editora para ensino secundário utiliza o livro de Marco Neves, “ O galego é o português são a mesma língua?”, editado pela Através Editora em 2019.

«O manual escolar usa o estudo de Marco Neves “O galego é o português são a mesma língua?” para documentar o tema arredor de literatura trovadoresca, em particular para a contextualizão histórica-literária. E aí explicasse para as crianças: “Tudo indica que a nossa língua começou nesse noroeste da Península, muito antes da criação de Portugal. Ninguém lhe daria nome, mas como estamos na Galécia, podemos falar de galécio -ou galego.

Quando chegamos ao século XII, a língua na rua era o tal galego, designado pelos seus falantes usando a palavra “linguagem” -era a língua da fala dos galegos e dos novíssimos portugueses. (…)”».

Source: Manual Escolar português usa referência bibliográfica da Através Editora

O Centro Camões em Vigo abre inscrições para os Cursos de Língua Portuguesa – Outono 2021

«O centro Camões de Vigo abre as inscrições para os cursos de outono de língua portuguesa, nos níveis A2, B1, B2, C1 e C2. Os cursos de língua portuguesa destinam-se a quem queira iniciar a aprendizagem da Língua Portuguesa ou que já tenha conhecimentos prévios e que pretenda consolidar a sua proficiência linguística em Português. As aulas serão orientadas e organizadas segundo os Programas de Português Língua Estrangeira do Camões, I.P. e de acordo com o Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas […]».

Cf. PGL

Bieito Romero: “Sou galego até o Mondego”

«Sou galego, ai, sou galego. Sou galego até o Mondego… Así di parte do retrouso dunha canción moi popular en Portugal hai xa algúns anos, e certamente coñecín moitos portugueses que pensaban e pensan así. O Mondego é único río importante portugués que non nace en territorio español, faino na serra da Estrela a case 1.500 metros de altitude para desembocar no Atlántico, na fermosa cidade de Figueira da Foz, distrito de Coimbra. E esa é a parte da canción que o famoso fadista e compositor contemporáneo Paulo Bragança gravou.

Sen querer meterme en polémicas ou en fonduras de carácter pasional, eu estou de acordo na irmandade galaico portuguesa con todo o significado histórico que ten e o que supón. Particularmente cada vez que vou a Portugal, síntome como se estivese na casa por moitos motivos que para min son obvios. O idioma é un deles e mesmo pasar varios días alí, sérveme para perfeccionar o meu propio galego. A paisaxe e a cultura son semellantes en moitos aspectos, a gastronomía é marabillosa, variada, abundante e aquí xa temos outro grande parecido con nós. O comportamento social e o carácter hospitalario dos portugueses é semellante ao noso, así como tamén as súas músicas tan directamente conexionadas coas nosas tanto en ritmos coma en instrumentos.

Así pois, resulta difícil trazar fronteiras, en realidade, tampouco estou seguro de que as haxa. Dentro desta nova fase do desconfinamento da pandemia no 2021 volvemos de novo aos escenarios con Luar Na Lubre, e de novo achegámonos a Portugal. Estivemos nun importante evento chamado Festival Intermunicipal de Músicas do Mundo (Festim) e actuamos no cine teatro de Estarreja, distrito de Aveiro na rexión centro e tamén en O cinema de Oliveira de Azeméis no mesmo distrito. As entradas esgotáronse para escoitar e vivir a nosa música galega nos dous espazos cun público que gozou tanto coma nós con eles. Sentímonos queridos falando o mesmo idioma, compartindo momentos marabillosos intensos e entrañables con músicas e xantares nesta terra irmán da que eu xa teño saudades e gañas de volver o antes posible».

Cf. La Voz de Galicia