«[…] Vendo a situaçom sociolinguística na Galiza, como imaginas o panorama dentro de 20 anos?
Acho que vejo um pouco o que vemos todos: entre mal e muito mal. O número de falantes continua a descer e as medidas de protecção sobre a língua penso que são insuficientes. Faz falta uma intervenção urgente, provar coisas diferentes. Esse giro cara a norma portuguesa pode ser uma boa forma de abrir-nos a um mercado mais amplo.
O que achas que cumpre fazer para reverter a situaçom?
Acho que se queremos achegar-nos aos 240 milhões de potenciais falantes, devemos apartar um pouco o debate sobre a língua e mostrar conteúdos reais (televisão, comédia, literatura…) que nos estamos perdendo por estar de costas ao mundo lusófono. Há muitas culturas maravilhosas que temos a sorte de “consumir” sem ter que estudar uma língua. É de parvos não aproveitá-la.»